@CompadredeOgum@[email protected]@[email protected] é tanta coisa falada junto que não me ajudou a organizar pensamento a respeito. Como o que demora é o tempo das perguntas, a sobre a importância do ódio de classe com resposta de que ódio é sentimento humano, o problema é como lidar com ele parece indicar que se há instrumentalização das redes para gerar ódio e então organizar afetos na vida real pode ser bom. Aí é conhecer UP, soberana, PCB e tal na prática cotidiana para analisar certinho. +
@CompadredeOgum@[email protected]@[email protected] No mais me lembra Safatle explicando que a esquerda hegemônica brasileira é de classe média, que não sabe o que fazer com a explosão popular gerada pelas contradições da sociedade (vide 2013) e prefere amansar os ânimos do que entrar no processo para conduzir a potência insurrecional para gerar emancipação de fato para a classe trabalhadora. O falante para 1500 pessoas parece concordar com essa hegemonia.
Não entendi muito bem, prefiria um tweet que esse clip de live desfarçado de video, mas me pareceu dois-ladismo de um grupo que já faz exatamente o que está denunciando. Só olhar nos comentários pra ver os "fans" sendo "tóxicos" contra os tais "webcomunistas", e confiando em tudo que dizem ao invés de "se informar". Muito fácil pedir pra todo mundo ser bonitinho e civil tendo uma audiência e plataforma, mas no fim esse "tone-policing" só serve a quem não tem motivo pra ter "ódio". Se o seu contexto pra entender uma emoção humana é um filme da Disney, acho que já tá no caminho errado. Considerando o resto do conteúdo nesse canal e os comentários desse video, me parece mais um "esquerda critica esquerda" feito pelo famoso "liberal de esquerda". Tipo o tal do Felipe Neto.
No começo do vídeo ele fala que as pessoas, principalmente as que acabaram de conhecer o comunismo, ou que começaram a "esquerdar", eu pensei que o ódio está nas pessoas, com origem nas contradições do capitalismo. Acho que as pessoas que caem no funil da esquerda simplesmente encontram uma forma de expressar esse ódio.
Geralmente, a ideologia dominante direciona esse ódio ao indivíduo. As pessoas odeiam a si mesmas por não obterem sucesso. Os comunistas invertem essa relação ao colocarem luz sobre a luta de classes, redirecionando esse ódio pré existente numa direção mais construtiva.
Essa ideia é frontalmente atacada pela ideologia dominante: "ódio do bem". Com uma camada de moralismo deslegitimando esse direcionamento.
Mais tarde ele retoma o assunto e fala sobre aprender a controlar esses sentimentos. Mas... Quem se beneficia de toda a terapia que nos fazemos, de todo o ódio que é dissipado e não caminha na direção de uma organização de sociedade mais justa? Será a burguesia, novamente?
Acho importante não nos auto destruímos com nosso próprio ódio latente. Terapia é importante. Mas também é importante compreender a origem dessa frustração e buscar ações que, não apenas dissipem esse ódio, mas também influenciem e sustentem uma mudança estrutural na forma como as pessoas se relacionam. Ajuda a diminuir a impotência individual, sabendo que caminhamos juntos como classe trabalhadora.
@nephs mas o problema é exatamente que esse ódio fica menos direcionado a classe e mais a pessoas.
Por exemplo, se jones discordar de um comentário de Ian, os seguidores irão se voltar uns contra os outros numa explosão de ódio, mesmo que os 2 tenham o mesmo objetivo e defendam a mesma classe.
Ou até uma fé cega no influencer que aparece como líder.
Até que ponto essa construção feita na Internet não é só superficial?
São as diferenças entre linhas de pensamento. Concordo contigo, outros comentários que é contra produtivo nos atacamos quando somos todos classe trabalhadora. Quem faz isso não entendeu nada.
Paz entre nós, guerra aos senhores. Deveria ser óbvio.
Porém. Não existe tanta nuance na comunicação em massa. Não dá pra esperar que todas as pessoas acabem com o mesmo entendimento perfeito sobre tudo. Se for pra esperar isso, a classe trabalhadora nunca vai sair do lugar.
Assim sendo, continuemos discutindo as contradições. Mas continuemos avançando.
a arquitetura das redes estimula, de fato, o engajamento via ódio (o vídeo fala da moderação de conteúdo do yt como algo inibidor de alcance para justificar essa tese, mas acho que o exemplo mais claro disso é a própria dinâmica do twitter, que acaba sendo a arena dos embates; é onde todos os atores estão e onde os assuntos são repercutidos). No entanto, penso que o vídeo falha em abordar uma responsabilidade *pessoal* de alguns influencers nessa dinâmica aí +
Comunicação é forma e conteúdo - sou inclusive da tese de que ambos se confundem; não há como dissociar plenamente um do outro num processo ativo. O que vejo na esquerda radical muitas vezes são indivíduos se arvorando numa posição de porta-voz (natural… é o que influencers fazem) do espectro, sem atentar para a série de mensagens sutis que o modo como eles embalam o conteúdo acaba sugerindo. Não é à toa, pra mim, esse recente “incelismo” de esquerda nas redes +
Perceba que, até na escolha de ilustrações do vídeo, existe um padrão aí. Tanto de imagem, quanto de comunicação. Você não vê gente como Sabrina ou Rita na lista. E não acho que as escolhas feitas na thumbnail denotam qualquer tipo de preconceito; estou, antes, apontando que dificilmente atrelamos essa dinâmica nociva à forma que elas conduzem seus proj de ed. política. E não sei se dá pra falar isso dos que foram elencados (e digo isso como público deles também)